segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ei, você aí...

Você aí que é amigo, que é bobão, que tem sorriso largo e coração enorme. Que acabou se tornando uma das pessoas das quais eu mais gosto, e mais admiro. Você que é parte dessa minha nova família, desses novos amigos eternos.
Você em quem eu penso todos os dias antes de dormir, e é o primeiro que povoa minha mente quando a manhã chega...você que me fez apaixonar até por seus adoráveis defeitos.
Sempre tive desenvoltura, jeito, e tato para lidar com os sentimentos alheios. Um abraço, um afago, uma palavra.
Mas com você a voz cala, o sorriso amolece, o choro aparece, a perna bambeia e todo carinho e toda ajuda parece escapar por entre minhas mãos que perto das suas tornam-se inúteis e inexpressivas.
Desculpe por isso.
Estou aqui, bem do lado, e ver você sofrer é sofrer em dobro. Pelo sofrimento em si, e pela impotência de não poder arrancar isso do seu coração, que é nobre demais.

A verdade é que você é o que mais me importa, e eu estarei contigo, independente do que possa vir no futuro. Mesmo estando calada, inútil e miúda.

Espero um dia ter a coragem de te dizer tudo isso, ou até mesmo, quem sabe, te mostrar essas tortas linhas, e estes textos tolos, que quase sempre referem-se a você, ao seu sorriso e ao seu par de olhos (meu par de olhos favorito).

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lágrimas à Sir Mccartney

Caem eventualmente, dentre uma ou outra fase ruim, quando a dor é tanta que tudo que se pode fazer é afundar no travesseiro e envolver-se em tristes melodias. Ou então quando a felicidade é tanta, que se ouve aquela música e só se pode chorar de alegria, por ter tanta sorte de estar viva.
Escaparam quando vi pela primeira vez aquelas imagens antigas, de quatro garotos talentosos, que ainda nem imaginavam o quão grandiosos poderiam ser. Chorei por saber que nunca os veria daquela maneira. Chorei por ter nascido com algumas décadas de atraso.
Choro de saber do amor real e sincero que o meu maior ídolo teve por sua banda, e pela música, e ao saber que esse amor bonito ainda continua vivo.
Chorei quando soube que Sir Paul Mccartney pisaria em solo brasileiro. Só a possibilidade de vê-lo fazia meus olhos marejarem.
Quando soube que sim! Ele viria, e sim! Eu o veria... lágrimas e mais lágrimas, acompanhadas de saltos que nem eu mesma sabia que era capaz de dar.
O choro soluçado quando essa certeza foi destroçada por ingressos que se esgotaram em menos de três horas.
A volta das lágrimas de alegria, quando aquela amiga mais querida de todas me ligou dizendo ter conseguido o ingresso da realização do meu maior sonho, e a volta da tristeza quando, no dia seguinte, a mesma amiga tomou emprestadas algumas de minhas lágrimas, e chorou comigo o novo desapontamento, e o fim do sonho.
A televisão sem querer foi ligada... e então?! As lágrimas pesadas e intensas, da certeza de que o maior músico do mundo estava tão perto, e eu só o veria pela tela triste e quadrada... Let it be.
Mais um tanto de lágrimas conformadas, durante a noite... e então, as lágrimas da euforia! Sim, agora era de verdade.
O dia da maior sucessão de lágrimas da história: Lágrimas pelo ônibus perdido, pelo celular perdido, pelo celular encontrado, lágrimas de agradecimento, enquanto ia apressada pela abafava avenida, lágrimas de nervoso, lágrimas pelo atraso. Metade do show se foi...lágrimas.
Portão 16A, Eleanor Rigby, lágrimas épicas e cinematográficas, acompanhadas do abraço apertado. Something, lágrimas. Todos os sentimentos e lágrimas possíveis e toda a felicidade compactada dentro daquele enorme estádio, onde todas as almas gritavam a plenos pulmões, e minhas lágrimas destinadas a ele misturavam-se e tornavam-se ainda mais fortes, junto com as lágrimas da multidão. Velhos, jovens, pobres e ricos de espírito ou de dinheiro e todas as suas histórias lacrimais dedicadas aquele homem em cima do palco. O homem do piano, do baixo, da guitarra, da voz. O meu maior ídolo, sentimento que nem todas as palavras, e nem todas as lágrimas caídas poderão explicar. Músicas pedidas? Lágrimas. E todos que eu gostaria que estivessem lá comigo? Lágrimas.
O fim que não consegui assimilar ainda...

And in the end, the love you take, is equal to the love... you make.
Paul Mccartney vai morrer afogado por todo amor que ele plantou nessa vida.
Ele me deu de presente o dia mais feliz de todos, grande parte do meu amor por música, as mais belas melodias e poesias que pude conhecer, e coisas que eu talvez ainda nem saiba que ele me deu, e, ainda assim, tudo que tenho a oferecer em troca são elas...minhas incansáveis lágrimas de amor e admiração eterna.
Obrigada.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E dói. Não era pra doer assim.
Quero arrancar tudo que tem aqui dentro de mim, o coração que se mistura com o estômago, que leva constantes socos diáriamente,as entranhas que viram e reviram como se tivessem vontade própria, o meu cérebro cansado que não me deixa dormir, e os pensamentos agoniantes que passam por ele diariamente.
Não vejo futuro, o tempo vai passando e a perspectiva de melhora não acontece, só me vejo penetrar cada vez mais fundo nesse triste abismo que é essa dor de não poder fazer nada. "Difícil é ter que aguentar ver você passar e não poder respirar... do mesmo ar".

Só quero esquecer, só isso.
Então, mais uma vez, Doctor Howard, I'm ready to erase.