domingo, 30 de novembro de 2008

(...)

Já posso ter passado algumas vezes por isso, mas sempre me surpreendo. É incrível o que um filme, ou uma música, podem fazer comigo.

Bem, na quarta-feira, eu tava com uma baita vontade de ver tal filme (que eu já vi umas 14 vezes), então baixei.
Até agora eu tento assimilar a reação que tenho toda vez que vejo o as suas mesmas cenas, ouço as mesmas falas (algumas já até decoradas) e sempre, sempre sinto as mesmas emoções.
O fato é que nenhum outro filme mexe comigo assim, e provavelmente nunca vai mexer.
Ainda me lembro da minha reação, após ve-lo pela primeira vez. Chorando, em baixo do chuveiro. Eu tinha apenas 12 anos, não sei se tinha a capacidade de absorver e entender todas as informações que aquelas duas horas na frente da televisão haviam me passado, mas mesmo assim, chorei.
Choro até hoje, e acho que sempre vou chorar. Não sei se tenho exatamente a mesma visão que tive há quatro anos, mas o filme continua me fascinando, da mesma maneira. O que sei é que não é um choro de tristeza, não é um drama ou qualquer coisa do tipo. É um choro um tanto quanto angustiado e nostálgico... posso até dizer que são lágrimas de medo e anseio, talvez. Mas no fim, por incrível que pareça, tudo isso faz com que eu me sinta bem e de um jeito meio estranho, aliviada.
De certa não é o melhor filme do mundo, claro que não. Nem meu favorito ele é! Mas, sempre que eu ouvir a sua música, ver o seu trailer, ou alguma situação me lembrar de suas cenas, pode ter certeza, isso vai me causar arrepíos.

"Take what you need, and be on your way(...)"

sábado, 22 de novembro de 2008

Ela teve vontade de dizer tudo o que passou pela sua cabeça naqueles últimos dias, e naquele último instante.
Enquanto se preparava pra mais uma de tantas despedidas que teve de presenciar ao longo dos últimos anos, e com as quais ainda não havia se acostumado, olhou nos olhos dele, e teve vontade de dizer...
Quis falar sobre as suas angústias, seus medos e incertezas. Sobre turbilhão de coisas que estavam acontecendo dentro dela, e como, apesar de todos esses sentimentos serem intimidantes, ela estava feliz por estar com ele naquele momento.
Quis cuspir todas aquelas palavras tolas e sem sentido e dizer o quanto era idiota por se sentir daquele jeito, daquele que ela prometera a si mesma que nunca mais iria sentir.
Por fim teve vontade de admitir que por mais que não quisesse, acreditava em cada palavra dita por ele, e que queria do fundo do coração que todas aquelas promessas se realizassem, um dia.
Como sempre, calou-se, e o pouco que disse soou incrívelmente estúpido.
Deixou pra ele, as últimas palavras.

Então, até daqui umas duas ou três semanas... ou até um mês.
Promete que volta?
Prometo...
Até logo
Até.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Spotless mind

Dr. Howard, Im ready to erase.

sábado, 1 de novembro de 2008

"Já se sentiu tão vivo, que chegou a doer?"

Frequentemente, quando estou no carro, em casa ou na escola, a voz de Gabriel Zander, vocalista da Noção de nada (que acabou, infelizmente) me faz a seguinte pergunta: "Já se sentiu tão vivo que chegou a doer?"
Bem, um dia desses eu parei pra pensar nessa pergunta. Não que eu nunca tenha prestado atenção nela antes, afinal, não é o tipo de frase que você simplesmente ignora.
Mas enfim, como eu dizia, parei pra pensar na pergunta, parei pra tentar achar uma resposta...
Se eu for considerar como eu ando vivendo ultimamente, sairia uma resposta rapidamente: Não.
Minha vida tem se baseado na simples e entediante rotina, da escola pra casa, da casa pra escola, saindo as vezes, no fim de semana, mas nada que se possa dizer "uau".
Percebi que não vejo a hora desse ano acabar, um ano que pra mim foi no mínimo monótono, e em partes, triste. É claro que não descarto pessoas maravilhosas, que entraram na minha vida, e nem momentos (poucos) que estarão guardados na minha memória pra sempre.
Percebi que o ano passado foi infinitamente melhor do que esse. Lembrei daquela Luísa de 2007, toda animada por estar finalmente entrando no primeiro ano do ensino médio, aquela Luisa que foi nos melhores shows de sua vida, que fez amigos maravilhosos, que conheceu pessoas e lugares maravilhosos, que teve um ano conturbado e cheio de emoções, do qual nunca se esquecerá (nem poderia).
Penso, e comparo com a Luísa de 2008, que passou metade do ano achando que era infinitamente pior do que realmente é, que passou chorando, que passou tentando achar lógica nas coisas que simplesmente não a tem, tentando resolver assuntos que não podiam e nem deviam ser resolvidos por ela, tentando esquecer o que é impossível de ser esquecido, e enfim, uma menina que passou o ano inteiro esperando as cosias começaram a acontecer. Bem, elas não aconteceram.
E esta é a Luísa do dia 1 de novembro de 2008, que está ainda mais ansiosa pro ano acabar, do que estava no começo desse post, que está tensa com as provas finais, que começam na segunda feira, que ainda está tentando esquecer o que é impossível ser esquecido, e que está com aquela angústia constante dentro de si, e que por fim, se pergunta quando é que diabos ela vai acabar.

"Já se sentiu tão vivo, que chegou a doer?"
A minha resposta, definitivamente é sim, mas não para o momento que estou vivendo agora... agora me sinto tão apagada e sem brilho, que, isso sim, chega a doer.

É só uma fase um pouco conturbada, nada que as lembranças de anos intensos e vivos não curem. É o que me faz ter forças pra acordar de manhã (com a pequena ajuda de algumas pessoas e canções) e é o que me anima para a espera de um futuro um pouco mais colorido.