quinta-feira, 6 de outubro de 2011

De mãos atadas.

Eles ainda estão lá
Quem sabe agora, sofrendo tudo de novo
Quem sabe todos os dias

Seja bem-vinda ao mundo real
É feio, não?
Diferente de todo o castelo de bonequinha
que você construiu quando era pequena

Fora do castelo lá estão todos eles
Toda a podridão e perversão
Seus possíveis castelos, irremediavelmente destruídos

Seja bom, seja mau
Seja bom? Seja mau?
Inocente ou já calejado pela vida
Ainda lá, e ainda despreparado para enfrentar
A invasão daqueles que provavelmente
Deixaram a alma em algum lugar e esqueceram de buscar


Não me fale de escolhas, relativismo, personalidades
Não me fale disso
Não tenha voz para argumentar uma tentativa de compreensão

Você não é um deles
Eu não sou um deles

Nunca entenderemos o desespero daqueles que gritam baixinho

E eles continuarão exatamente onde estão.