quinta-feira, 23 de setembro de 2010

My dreams are a cruel joke

Os olhos já tão naturalmente grandes estavam ainda mais arregalados. Como fora parar ali?
O corredor lhe era familiar, a porta verde na qual estava encostada também era uma velha conhecida. O que a intrigava era a situação.
Sentados como duas crianças, perninha de índio, um de frente para o outro. Ele a olhava como nunca olhara antes, um olhar que ela sempre quis sentir. A invadia, a reparava. Estava transparente diante daquele par de olhos. Seu par de olhos favorito.
Estiveram momentos antes dentro de uma sala de aula, mas não ouviam o que o velho professor dizia.
Agora, mais uma vez, em silencio. Quem quebraria este abismo sem som?
Ele. Lhe dirigia as palavras que por tanto tempo esperou. TANTO TEMPO! Não soube reagir de imediato.
Estática, não disse palavra alguma.


Open your eyes.

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