domingo, 4 de julho de 2010

Sem direção

Tem diversas casas.
Agora não tem mais casa alguma.
A instabilidade vem marcando a vida dessa menina, que no momento encontra-se miseravelmente cansada. Psicológica e fisicamente. Seus olhos ardem de sono, mas recusa-se a ir dormir, sabe que pensamentos que a perturbam virão também perturbar-lhe os sonhos, que sempre foram seu combustível e refúgio para os momentos dolorosos.
Sempre que a fase ruim aparece, não pode deixar de pensar naquele par de olhos verdes e naquele carinho que ela sabe (e como sabe) que tornariam as cosias mais fáceis.
Sua zona de conforto desapareceu com menos de meia dúzia de palavras ingratas. Antes contava os dias para voltar, agora se pergunta o que, de fato, está fazendo aqui.
Pensamentos bons e ruins mudam com a mesma frequência que respira e inspira o ar do quarto vazio. A respiração é acelerada e o choro é lento, vai preso na garganta, e sente voltar, com um soco no estômago, aquela sensação perdida, aquela em que não sente o chão, que já era tão frágil, em baixo de seus pequenos pés.
O grito é preso, é seco, é cheio, é vazio. É inexistente, pois nem de gritar ela se sente capaz. Quer sair correndo até não sentir mais as pernas, quer sentar em uma rua onde ninguém a conheça e quer chorar, chorar até não ter mais nada a dizer, até pegar no sono, até esquecer...
Será um longo mês.

3 comentários:

Jessica G. disse...

Queria poder descer pro ap. 12 e te dar aquele abraço e dizer que tudo vai ficar bem e com o meu colo você pode contar.

Jenny Souza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jenny Souza disse...

Queria tanto falar com você que esta até doendo, mas não sei aonde posso ligar.
Muito, muito chato mesmo.