sábado, 1 de novembro de 2008

"Já se sentiu tão vivo, que chegou a doer?"

Frequentemente, quando estou no carro, em casa ou na escola, a voz de Gabriel Zander, vocalista da Noção de nada (que acabou, infelizmente) me faz a seguinte pergunta: "Já se sentiu tão vivo que chegou a doer?"
Bem, um dia desses eu parei pra pensar nessa pergunta. Não que eu nunca tenha prestado atenção nela antes, afinal, não é o tipo de frase que você simplesmente ignora.
Mas enfim, como eu dizia, parei pra pensar na pergunta, parei pra tentar achar uma resposta...
Se eu for considerar como eu ando vivendo ultimamente, sairia uma resposta rapidamente: Não.
Minha vida tem se baseado na simples e entediante rotina, da escola pra casa, da casa pra escola, saindo as vezes, no fim de semana, mas nada que se possa dizer "uau".
Percebi que não vejo a hora desse ano acabar, um ano que pra mim foi no mínimo monótono, e em partes, triste. É claro que não descarto pessoas maravilhosas, que entraram na minha vida, e nem momentos (poucos) que estarão guardados na minha memória pra sempre.
Percebi que o ano passado foi infinitamente melhor do que esse. Lembrei daquela Luísa de 2007, toda animada por estar finalmente entrando no primeiro ano do ensino médio, aquela Luisa que foi nos melhores shows de sua vida, que fez amigos maravilhosos, que conheceu pessoas e lugares maravilhosos, que teve um ano conturbado e cheio de emoções, do qual nunca se esquecerá (nem poderia).
Penso, e comparo com a Luísa de 2008, que passou metade do ano achando que era infinitamente pior do que realmente é, que passou chorando, que passou tentando achar lógica nas coisas que simplesmente não a tem, tentando resolver assuntos que não podiam e nem deviam ser resolvidos por ela, tentando esquecer o que é impossível de ser esquecido, e enfim, uma menina que passou o ano inteiro esperando as cosias começaram a acontecer. Bem, elas não aconteceram.
E esta é a Luísa do dia 1 de novembro de 2008, que está ainda mais ansiosa pro ano acabar, do que estava no começo desse post, que está tensa com as provas finais, que começam na segunda feira, que ainda está tentando esquecer o que é impossível ser esquecido, e que está com aquela angústia constante dentro de si, e que por fim, se pergunta quando é que diabos ela vai acabar.

"Já se sentiu tão vivo, que chegou a doer?"
A minha resposta, definitivamente é sim, mas não para o momento que estou vivendo agora... agora me sinto tão apagada e sem brilho, que, isso sim, chega a doer.

É só uma fase um pouco conturbada, nada que as lembranças de anos intensos e vivos não curem. É o que me faz ter forças pra acordar de manhã (com a pequena ajuda de algumas pessoas e canções) e é o que me anima para a espera de um futuro um pouco mais colorido.

4 comentários:

Amanda Bono disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Amanda Bono disse...

sim, já me senti tão viva que chegou a doer...
já tive meus anos bons e ruins, minhas horas boas e ruins...

e sei que quando nos aprofundamos no tédio e na tristeza somos melhores e produzimos mais...

ironia que só poderia ser trato da vida mesmo...

Vou te add nos links menina - Milano.

Unknown disse...

ah.

se começar a pensar muito sobre essas coisas, vai acabar como Descartes :(

pobre Descartes :((

Juan Carlos~ disse...

adorei su blog...^^
vc escuta mta coisa boa tbmm XD beijoss