sábado, 22 de novembro de 2008

Ela teve vontade de dizer tudo o que passou pela sua cabeça naqueles últimos dias, e naquele último instante.
Enquanto se preparava pra mais uma de tantas despedidas que teve de presenciar ao longo dos últimos anos, e com as quais ainda não havia se acostumado, olhou nos olhos dele, e teve vontade de dizer...
Quis falar sobre as suas angústias, seus medos e incertezas. Sobre turbilhão de coisas que estavam acontecendo dentro dela, e como, apesar de todos esses sentimentos serem intimidantes, ela estava feliz por estar com ele naquele momento.
Quis cuspir todas aquelas palavras tolas e sem sentido e dizer o quanto era idiota por se sentir daquele jeito, daquele que ela prometera a si mesma que nunca mais iria sentir.
Por fim teve vontade de admitir que por mais que não quisesse, acreditava em cada palavra dita por ele, e que queria do fundo do coração que todas aquelas promessas se realizassem, um dia.
Como sempre, calou-se, e o pouco que disse soou incrívelmente estúpido.
Deixou pra ele, as últimas palavras.

Então, até daqui umas duas ou três semanas... ou até um mês.
Promete que volta?
Prometo...
Até logo
Até.

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