segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fragilidade. Morte.


Em um minuto está lá, e no outro...morte.
Deixamos as pessoas irem embora tendo plena certeza de que irão voltar. Partimos confiantes do nosso retorno. Morte.
É o carro que capota, o coração que fraqueja, a pele que queima, as células que se reproduzem rápido demais. Morte.
É o adeus que não damos, é a última briga. A última palavra dita. E a não dita.
Morte.
Pensar na fragilidade de nossos corpos e almas é desolador. Pensar em como tratamos isso como se fosse nada, é o fim do mundo.
Quem me garante que todos aqueles pra quem disse “até amanhã” estarão lá?
Porque acho que esta noite dormirei tranquila, sem qualquer notícia devastadora? Morte.
Cada minuto é um feito, cada respiração é o maior milagre de todos. E não adianta dizer que é por isso que devemos viver intensamente e aproveitar o dia. Ninguém faz isso. Todos acham que existem mais dias por vir.
Antes aqui, agora lembrança. Morte.
E este meu impulso sádico me faz ter insônia ás 01:14 da manhã, pensando na dor de perder todos aqueles ao meu redor. Pode estar acontecendo agora. O choro antecipado só veio mesmo adiantar o que um dia acontecerá a todos. Morte.

2 comentários:

Pricila disse...

Que retalhinho lindo minha flor, mas não fique pensando tanto nisso, como você mesmo disse não existem explicações. Morte.

Jessica G. disse...

acho que não é tanto aproveitar intensamente...mas livremente. E aceitar o que está por vir através de suas escolhas...facílimo, né? =]