No momento, tem três pares de tênis espalhados pelo quarto, uma toalha jogada no chão, duas roupas íntimas penduradas na maçaneta.
Livros, apostilas e um fichário se misturam em cima do banquinho vermelho.
Na cama, a bolsa com alguns botons encontra-se largada e embolada nos lençóis, bem ao lado da velha calça jeans, que está do avesso.
Uma pilha de livros consideravelmente desarrumada se forma na pequena estante ao lado da cama.
Ao meu lado, um copo vazio onde antes tinha suco de "morangos silvestres" (corante puro) faz par com uma tijelinha vazia, que há minutos atrás estava cheia de batatinhas.
Não vou nem tentar abrir o guarda-roupa, sei que tudo vai despencar de lá.
Paro e penso: "preciso arrumar o quarto". Daí depois eu olho ao redor... olho, olho de novo, olho mais uma vez.
A música que toca agora é belíssima, quero dançar, pular em cima do "puf" e esquecer de tudo e de todos( Eu realmente faria se ele não estivesse amontoado de pinguins, Bob Esponja e outros bichinhos de pelúcia). É realmente uma bela canção.
Mas, afinal, pra que arrumar o quarto, se ele é quase sempre assim?
Pra que muda-lo, se é aqui que eu me encontro sempre?
Sempre e sempre :)
Um comentário:
Às vezes a bagunça é válida.
Eu mesmo tenho meu "escritório", uma mesa genial cheia com tudo que eu preciso, mas não exatamente organizada na vista dos outros.
Sexta-feira e dá uma depressão danada, a empregada vai e arruma tudinho, o que significa que terei que re-arrumar assim que ela se for.
Enfim, o que é nosso, é.
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